Demitir um tecnico porque perdeu um campeonato no Brasil tornou-se um caso normal. Ficou claro que por aqui os tecnicos vivem de vitórias. O campeonato brasileiro dificilmente alcançará a décima rodada sem a queda de um. É por esses motivos que a dança dos tecnicos no Brasil é muito acima da média mundial. Com isso, as dívidas trabalhistas se multiplicam, e os clubes vão afundando.
Um país que tem um campeonato de futebol com 17 campeões diferentes em 40 temporadas, e dos vinte participantes de 2011, catorze ja ergueram o título, num pode tá trocando de tecnico so porque perdeu um desses. Se hoje o campeonato é disputado por vinte clubes, isso significa que um deles pode passar no mínimo 20 anos sem uma conquista.
Entre os que jejuam a mais tempo acima do mínimo de 20 temporadas, o Bahia foi campeão pela última vez em 1988, há 22 temporadas, o Coritiba em 1985, há 25 temporadas, o Internacional Rs, que ja foi campeão de tudo, conquistou o brasileiro pela última em 1979, há 31 temporadas, e o Atlético Mg, que foi campeão na primeira edição oficial 1971, ja completou 39 temporadas sem uma outra conquista. Ou seja, nenhum de seus jogadores atuais sequer eram nascidos ainda.
O Santos também passou por isso. Ele que foi o primeiro clube brasileiro bi-campeão mundial, amargou as primeiras 31 temporadas sem uma única conquista. O jejum acabou em 2002. Já o Cruzeiro foi mais além, pois só conseguiu a primeira conquista após 32 temporadas. O Flu passou 26 temporadas no sal.
Na europa dificilmente um clube de primeira linha troca de tecnico. Tem clube com o mesmo treinador a 10, 15 anos. É burrice se pedir a cabeça de um treinador por conta de uma derrota.
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