O resultado fez justiça ao desempenho do Tricolor das Laranjeiras que começou hesitante e sofreu um gol, mas teve competência para reagir e, depois, administrar a vantagem.
O atacante Rhayner que não marca um gol há 82 jogos, teve a chance de quebrar o jejum, mas desperdiçou uma cobrança de pênalti no segundo tempo.
O Tricolor das Laranjeiras soma sete pontos na primeira posição do Grupo B da Taça Rio, um à frente do Resende, que enfrenta o Duque de Caxias na quinta-feira e pode voltar à liderança. O Macaé, por outro lado, segue com três pontos no meio da tabela.
O jogo - Sem poder contar com Fred e Wellington Nem, dupla de ataque titular, Abel optou pelos jovens Marcos Júnior e Michael, deixando Rafael Sóbis e Samuel no banco de reservas.
A nova formação encontrava muita dificuldade para penetrar a defesa do Macaé e só aos oito minutos conseguiu criar a primeira jogada de perigo. Após lateral cobrado por Carlinhos, a defesa adversária se confundiu e a bola quase sobrou para Rhayner, mas o goleiro Luis Henrique chegou primeiro e impediu que o ex-jogador do Náutico quebrasse o incômodo jejum.
Aos 14 minutos, o Macaé que pouco tinha feito ofensivamente, acabou marcando o primeiro gol. Jean saiu jogando errado e a bola ficou com Norton, que rolou para Douglas Assis arriscar de longe e colocar no ângulo esquerdo de Diego Cavalieri.
Depois de sofrer o gol, o time tricolor passou a acelerar o ritmo da partida, buscando o empate, principalmente com investidas de Rhayner, marcado com faltas pela zaga do Macaé. A equipe acabou chegando ao empate aos 22 minutos. Douglas Assis errou ao tocar para Márcio Goiano que foi desarmado por Michael. O atacante arrancou em velocidade e tocou na saída do goleiro Luis Henrique.
O time dirigido por Abel Braga ficou empolgado e passou a pressionar em busca do segundo gol, o que acabou acontecendo aos 26 minutos, novamente com Michael, que escorou um passe perfeito de Wagner e colocou no canto direito de Luis Henrique. Aos 44 minutos, com o Macaé desnorteado, o jovem voltou a marcar. Wagner, outra vez, tocou de calcanhar para Michael, que bateu forte, da entrada da área, no canto direito de Luis Henrique.
Os dois times voltaram sem mudanças para o segundo tempo. Logo aos dois minutos, Rhayner fez boa jogada individual, driblou Douglas Assis e chutou cruzado. O goleiro Luis Henrique defendeu parcialmente e Marcos Júnior tentou aproveitar o rebote, mas bateu por cima, perdendo uma grande oportunidade para ampliar o marcador.
A equipe dirigida por Abel Braga seguiu pressionando em busca de mais um gol e, aos cinco minutos, Marcos Júnior investiu pela esquerda e chutou cruzado, mas a bola saiu. Aos oito minutos, foi a vez do lateral Carlinhos partir para dentro da área e tentar a conclusão, mas foi desarmado por Diego na hora de concluir.
O técnico do Macaé alterou sua equipe numa tentativa de torná-la mais ofensiva, mas foi o Fluminense que quase marcou o quarto gol, aos 15 minutos. Após cruzamento, Rhayner tentou uma bicicleta, a bola saiu prensada e acabou nos pés de Leandro Euzébio que bateu para fora.
Com as modificações feitas pelo treinador, o Macaé se tornou um pouco mais agressivo e chegou a criar chances para marcar. Aos 21 minutos, após cobrança de escanteio, Anderson Costa cabeceia e Cavalieri fez grande defesa. No minuto seguinte foi a vez de Jones, que fez boa jogada pela direita e chutou. Diego Cavalieri se atrapalhou, mas conseguiu evitar que a bola entrasse.
Aos 30 minutos, Rhayner invadiu pela esquerda e foi derrubado por Diego Macedo. O árbitro marcou pênalti e a torcida pediu que o próprio meia fizesse a cobrança para quebrar o jejum. O jogador bateu e perdeu, mandando a bola por cima do travessão. Foi a segunda penalidade perdida pelo ex-jogador do Náutico no Campeonato Carioca.
O Fluminense seguiu mandando na partida e, aos 36 minutos, Wagner recebeu de Rhayner e, mesmo fora da área, tentou encobrir o goleiro do Macaé, mas a bola acabou saindo.Nos minutos finais, com Samuel no lugar de Michael, o Fluminense seguiu procurando o quarto gol, e aos 45, Rafael Sobis fez boa jogada na área, mas concluiu para fora, no último lance de emoção.
"Nunca tinha feito três gols em uma partida, ainda mais em um primeiro tempo. Agradeço ao Abel pela confiança, ele sempre me orienta e conversa comigo. Isso é fruto de muito trabalho e dedicação nos treinamentos", declarou a promessa.
No entanto, apesar de embalado pelos três gols, a promessa nem se candidatou a bater o pênalti marcado aos 30 minutos do segundo tempo e desperdiçado por Rhayner. Michael considera que a experiência fala mais alto nesse tipo de escolha.
"Bater pênalti já é demais para mim. Estou trabalhando em função da equipe e pude ajudar com os gols, mas o pênalti deixa para os jogadores mais experientes", explicou o atleta.
O Fluminense soma sete pontos na liderança do Grupo B da Taça Rio. No sábado, às 16 horas (de Brasília), a equipe recebe o Boavista no Moça Bonita pela quarta rodada do segundo turno do Campeonato Carioca.
Abel revela choro de Rhayner no vestiário e explica ausência de Deco
Sem marcar há 82 jogos, Rhayner teve a chance de encerrar o jejum que dura desde janeiro de 2011 nesta quarta-feira, mas desperdiçou uma cobrança de pênalti na vitória do Fluminense por 3 a 1 sobre o Macaé. A situação já pesa para o jogador: o técnico Abel Braga, que se mostrou satisfeito com o meia, revelou que o jogador chorou no vestiário.
"Quando acabou o jogo, ele estava chorando no vestiário ao invés de ficar feliz com a atuação incrível. Saiu como se tivesse feito a pior partida de sua vida e não precisava. No dia em que fizer o gol, vai tirar o peso", revelou o treinador.
O comandante tricolor exaltou ainda a grande partida de Rhayner na meia. "Eu só cobro a função de cada jogador e o Rhayner foi excepcional na dela. Eu sabia que ele não ia fazer o gol, se não treina, não pode bater. Está no direito dele, mas agora a responsabilidade só aumenta", elogiou.
Abel explicou também a ausência de Deco do time titular. O meia sofreu uma lesão muscular na pré-temporada, não conseguiu se preparar bem e oscilou nos cinco jogos que disputou em 2013, mas foi defendido pelo técnico.
"Achei que era o momento de tentar algo diferente, mas o Deco é fundamental. Ele é acima da média e vai ter o seu momento. Vi que tudo o que acontecia de ruim era direcionado ao Deco e ao Fred. Eles são dois grandes jogadores, mas não entram em campo sozinhos. É muito simples jogar a responsabilidade nos craques, mas perdem todos e ganham todos", afirmou Braga.
Sobre a partida do Fluminense, o treinador se mostrou satisfeito após promover mudanças no time titular. "A verdade é que estávamos devendo, me chateou muito o empate no último jogo. Com todo respeito, mas não podíamos empatar. Eu precisava sacudir o grupo", ponderou.
O Tricolor das Laranjeiras soma sete pontos na liderança do Grupo B da Taça Rio. No sábado, às 16 horas (de Brasília), a equipe recebe o Boavista no Moça Bonita pela quarta rodada do segundo turno do Campeonato Carioca.