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quarta-feira, 23 de março de 2011

Simplesmente, guerreiros!

Foi um jogo brigado, intrigante, nervoso, imprevisível, tenso, mas esperançoso. Diante da crise que se instalou nos últimos dias nas Laranjeiras, a torcida não suportava mais um vexame, e msis de treze mil torcedores foram empurrar o time com o coração a uma vitória histórica.

No primeiro tempo o time tricolor teve muito mais posse de bola, mais oportunidades, mais finalizações, mas tudo isso não foi transformado em vantagem no placar. É tanto que aos 15 minutos em uma bola alçada de longe na área tricolor, o zagueiro Digão fez barreira pro goleiro Berna pegar pelo alto, esse desequibrou-se ao, a bola escapou e sobrou pro atacante Vuoso abrir o placar pros mexicanos. Aquele lance foi como uma ducha de agua fria em nossas cabeças. Ainda bem que, cinco minutos depois o Fluminense conseguiu empatar a partida num cruzamento do meia Conca na cabeça de Gum pro fundo das redes. A esperança voltou.

O jogo seguiu no mesmo ritmo, com o Flu com mais posse, porém errando muitos passes e por pouco os mexicanos não fizeram o segundo, graças a uma espetacular defesa do goleiro Berna. O homem se redimiu da falha. Acabou o primeiro tempo.

Veio o segundo tempo e a pressão tricolor aumentou em busca da virada. Logo no início Fred fez bonita jogada e quase marca. Aos seis minutos, Mariano sentiu e deixou o campo pra entrada do Lusobrasileiro Deco. A torcida estava meio receiosa com a volta dele. Afinal, ele estava voltando depois de dois meses, mas nas arquibancadas a torcida resolveu apostar no numero 20 e parece que tavam advinhando, gritaram o seu nome. e esse insentivo teve um resultado sensacional. O time melhorou muito na crição mas não concluia bem. A torcida começou a pedir Rafael Moura e aos 24 minutos o tecnico interino Ederson Moreira atendeu o pedido e o colocou no lugar de Emersom. Mal havia entrado e numa bola alçada da linha de fundo pelo atacante Sanchez, Berna não conseguiu alcançar e Digão tentou cortar na linha do gol, botou pra dentro. Seria o fim de nossas esperanças?

Foi aí que Ederson resolveu tirar sua última carta da manga e colocou Araujo no lugar de Júlio César e deu certo. Aos 34 minutos, Deco que havia entrado muito bem na partida lançou certíssimo na área e Araujo meteu de cabeça pro fundo das redes. Renasceu Phenix.

Em nenhum momento a torcida parou de incentivar o time e não se ouviu nem uma vaia. Parecia que estávamos advinhando, que o mais emocionante estava pra vir e nos últimos minutos. Eu ruia as unhas, dava chutes no sofá, não atendia um telefone de ninguém.

Foi quando aos 43 minutos do final, aquele que havia entrado sob nossas desconfiança, conseguiu resolver a parada. Foi numa bola lançada em direção a área, Fred raspou de cabeça e Deco com classe que o consagrou na Europa, tocou com a pontinha da chuteira pro fundo das redes, pra extravaza alegria da torcida tricolor no mundo inteiro. Não pude me conter. Não havia a mínima chance de não chorar com um lance daqueles. E aí foi só gastar o tempo pro apito final da arbitragem.

Um comentário:

  1. Depois de 2009 a torcida tricolor não pode desistir nunca, tem que apoiar e acreditar até o último segundo. Aliado à isto, quando o time encarna o espírito de guerreiros, o resultado positivo é apenas consequência da batalha campal.
    Jogar no Fluminense com certeza é garantia de emoções únicas também para os jogadores.
    VALEU, JANDUCA JABAZENTO!!!

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