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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Eu vi o impossível ser superado de novo

Mais uma vez, tudo parecia impossível pelas contas daqueles que estudaram muitos anos, um curso superior chamado 'matemática'.

Fazendo uma restrospectiva dos prognósticos daqueles que se auto proclamam grandes sabixões em relação as forças de superação do Fluminense, eu poderia começar pelo ano de 1995, quando o Fla foi campeão da taça Guanabara e no octagonal final entrara na disputa com tres pontos de vantagem sobre o Fluminense. Eu vi na terceira rodada, quando o poderoso Flamengo de Romário, Edmundo, Sávio, Branco, ja somava nove pontos, e o Flu só tinha um, e ninguém mais entre os matemáticos acreditavam no que poderia ocorrer até o final daquele octagonal. E eu vi também, que no término da sexta rodada, o Fluminense já aparecia com treze pontos e o Fla com apenas onze. A matemática falhou e o Flu foi campeão carioca daquele ano.

Eu vi que em 29 de outubro de 2009, faltando sete rodadas pra acabar o brasileirão, os matemáticos calculavam que o Fluminense tinha 99% de chances de ser rebaixado para a série 'B de 2010. O time ja desgastado de tanto sofrer e sua torcida servindo de motivos de chacota, eu vi um caso de superação nunca visto no esporte chamado futebol em toda sua história. Um pacto foi firmado entre os jogadores com o apoio da torcida e o time de guerreiros entrou em campo. O primeiro foi o Atletico Mg num Maracanã vazio, muita chuva, e o Flu venceu por 2 a 1. Eu vi o time de guerreiros encarar o Cruzeiro em pleno Mineirão e depois de está perdendo por 2 a 0, virou o placar para 3 a 2. Eu vi o time de guerreiros vencer o Palmeiras por 1 a 0 no Maracanã e também no Rio eu vi o time de guerreiros vencer o Atlético Pr por 2 a 1. Eu vi o time de guerreiros vencer o Sport em Recife por 3 a 0. Eu vi o time de guerreiros golear o Vitória no Maracanã por 4 a 0 e na última rodada eu vi o time de guerreiros selar seu passaporte de continuação na série 'A, empatando em 1 a 1 com o Coritiba no Paraná. E assim, eu vi um bando de trouxas que tentaram secar o time de guerreiros, se curvar diante desse clube que ignora a tal 'matemática' no seu vocabulário.

Ontem, 20 de abril de 2011, mais uma vez, eu vi o time de guerreiros desbancar o sistema de cálculos dos estudiosos. Eu vi no dia 07 de abril de 2011, o matemático Tristão de Barros falar que as chances do Flu se classificar para as oitavas de finais da Libertadores, 'eram como um raio cair três vezes no mesmo lugar', pois ele só teria 8% de chances. Mas, eu vi o time de guerreiros ir a Argentina, ignorar o fator campo, matemáticos, secadores, e com apoio local de aproximadamente mil torcedores, eu vi o time tomar conta do jogo contra o Argentinos Jr, que jogava pelo empate, e logo no início do jogo Fred meteu uma bola na trave, depois eu vi Júnior César fazer 1 a 0. Eles conseguiram empatar num penalty inexistente. Eu vi o Flu continuar mandando na partida e Fred fez 2 a 1 cobrando falta. Eles empataram novamente, mas o Flu continuou martelando, mandando no jogo e Rafael Moura aproveitou um rebote do goleiro pra fazer 3 a 2. Faltavam menos de 10 minutos pra acabar a partida quando o jogo entre Nacional (Uru) e América (Mex) havia encerrado com um empate de 0 a 0. Mesmo vencendo por aquele placar (3 a 2), Fluminense e Argentinos Jr necessitavam de mais um gol ou entam morriam abraçados.

Aos 43 minutos, eu vi Marquinho enfiar uma bola na medida pra o zagueiro Edinho na cara do gol, esse ao tentar driblar o goleiro foi derrubado na área e o árbitro não teve dúvidas, marcando penalty pro Fluzão. Eu vi meu coração quase parar antes mesmo da cobrança do penalty. Quando vi Fred pegar a bola, mil coisas passaram-se em minha cabeça. Seu aproveitamento nesse tipo de cobrança não nada legal. Mas, seja o que Deus quiser. E eu vi o nosso capitão dá uma bomba mais pro lado direito do goleiro, que mesmo acertando o canto, não conseguiu evitar o gol da vitória do time que a Globo o chamou de 'Matemágicos'. Eu vi a emoção tomar conta dos milhares e milhares de tricolores que habitam a terra. Eu vi até nesse jogo o Marquinho 2011 na pele de Conca 2010, pois foi ele quem decidiu a partida com dois passes monumentais pra definição dos gols. No primeiro, para o Julio César e no quarto para o Edinho que sofreu o penalty. Sem falar que ele ainda sofreu a falta que resultou no segundo gol.

Enfim, só não vi a cara dos matemáticos Tristão de raiva, após a partida em que o todo poderoso time dos matemáticos foi sufocado em casa pelo quase falido time da esperança.

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