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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Fatos em Foco

Morre Pinheiro, Ex-zagueiro do Flu
Faleceu nesta sexta-feira um nome que entrou para a história do Fluminense em campo e marcou o futebol brasileiro por uma revelação. Pinheiro, segundo atleta com mais jogos pelo Tricolor carioca e responsável por lançar Ronaldo Fenômeno no Cruzeiro, morreu aos 79 anos, vítima de câncer de próstata. Estava internado desde 4 de julho no Hospital Pan-Americano, na Tijuca, na Zona Norte do Rio.

Como zagueiro, defendeu o clube das Laranjeiras em 605 partidas. Somente o goleiro Castilho, com 696 jogos, o supera na lista. Pela equipe carioca, por quem atuou entre 1948 e 1963, foi campeão carioca em 1951 e 1959, do Rio-São Paulo em 1957 e 1960 e participou da conquista da Copa Rio de 1952, considerada pelos tricolores um título mundial.
Além do desempenho no Fluminense, dentro de campo, Pinheiro também contribuiu na Seleção Brasileira. Era titular da equipe na disputa da Copa do Mundo de 1954, na Suíça, quando o País foi eliminado pela Hungria nas quartas de final e deixou o campo com pancadaria com os rivais.

Pela Seleção, ainda foi campeão dos Jogos Pan-americanos de 1952 e da Taça Bernardo O'Higgins em 1955. Sua participação na defesa da nação ocorreu em 17 partidas, com 11 vitórias, três empates, três derrotas e um gol marcado.

Antes de chegar ao Fluminense, vestiu a camisa do Americano, time de sua cidade - nasceu em Campos dos Goytacazes em 13 de janeiro de 1932. Após deixar o Fluminense, defendeu o carioca Bonsucesso, em 1963, e o Bahia, em 1964.

Como treinador, além do Cruzeiro, também comandou o Goytacaz, o Americano, o América-MG e o próprio Fluminense, mas ganhou destaque na função, antes de lançar Ronaldo, com o surpreendente Bangu que perdeu nos pênaltis a decisão do Campeonato Brasileiro de 1985 para o Coritiba, no Maracanã.

Mas ficou marcado mesmo no Fluminense, onde esteve no último mês de junho para cumprimentar Abel Braga. O técnico, como amador, foi recebido e transformado por Pinheiro em zagueiro nas categorias de base do Tricolor, sendo lançado por ele como profissional. Abel foi um dos voluntários que doaram sangue a Pinheiro em campanha organizada pelo clube no início de julho.

Cícero exalta carinho pelo Flu, mas exige vitória ao São Paulo
Novo curinga são-paulino para a temporada 2011, o meia-atacante Cícero vai reencontrar nesta quarta-feira o Fluminense, clube que lhe abriu as portas para jogar no futebol alemão por três temporadas. Para o camisa 16, não há como fugir do sentimento de carinho pelo time das Laranjeiras no compromisso desta quarta-feira, às 21h50, no estádio do Morumbi.

"O Fluminense é um time que passei minhas melhores fases, fui muito feliz. Tenho grande respeito por esse clube, o carinho é enorme, mas agora estou no São Paulo e estou satisfeito aqui", avisou o atleta ao assegurar que a prioridade, neste momento, é levar o Tricolor paulista à liderança do Campeonato Brasileiro.

Na agremiação das Laranjeiras, Cícero levantou o título da Copa do Brasil de 2007. No ano seguinte, a consagração poderia ter vindo no cenário internacional, porém o Fluminense fracassou justamente na decisão da Copa Libertadores da América.

Agora, Cícero reconhece que a vitória contra o Fluminense é fundamental para o São Paulo iniciar uma arrancada no Campeonato Brasileiro, já que o time do Morumbi acumula quatro empates consecutivos pelo torneio nacional. Ainda assim, permanece em terceiro lugar na classificação, com apenas dois pontos de déficit em relação ao líder Corinthians.

Para iniciar uma nova etapa no Campeonato Brasileiro, o São Paulo pretende dar o primeiro passo através de melhores atuações no Morumbi. No primeiro turno, ganhou apenas 15 dos 27 pontos disputados como mandante. Foram tropeços que fizeram falta na luta pela ponta.

"Em casa, nós precisamos vencer. O empate fora de casa é até um bom resultado, mas devemos somar três pontos quando jogamos no Morumbi. A regularidade em casa vai ser fundamental no segundo turno", decretou Cícero.

Abelão tenta respirar
Salvador da pátria há três meses atrás, Abel Braga dá sinais de que está sucumbindo à pressão e aos maus resultados que o colocam como o técnico de segundo pior aproveitamento pelo Fluminense desde 2007. Nesta quarta-feira, contra o São Paulo, às 21h50, no Morumbi, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, o treinador pode aliviar a barra ou deixar sua situação perto do insustentável nas Laranjeiras.

Membros da diretoria garantem que a intenção não é demitir o treinador, pelo menos inicialmente. Porém, há o consenso de que o time não tem mais tempo a perder. Um resultado ruim diante do Tricolor paulista pode contribuir para a mudança de planos.

Afinal, a carruagem que trouxe o treinador da Arábia está mais para abóbora. Os resultados não vieram de carona com a grande expectativa criada. Sob o comando de Abel Braga, o aproveitamento do Fluminense só não é pior que o da última passagem de Renato Gaúcho pelas Laranjeiras, em 2009 - 39,5% contra 22,2%.

Quando comparado a Enderson Moreira, tão criticado enquanto segurava o time na Libertadores deste ano, o desempenho de Abelão se torna ainda mais decepcionante, já que o interino conseguiu 63,8%.

O que os números não conseguem dizer é por que o Fluminense não emplacou momento algum nesta temporada. Nem os números, nem os jogadores. Pelo menos, existe a auto-crítica de que Abel não é o maior culpado pelo momento negativo do Tricolor no Brasileiro.

– O momento é ruim para todo mundo. O Abel não tem culpa. Nós, jogadores, temos responsabilidade. O ano todo tem sido assim. Fica complicado para o comandante. Ele é o que tem menos culpa. Chegou depois – admitiu Diego Cavalieri.

Aproveitamento muito perigoso

Com o aproveitamento sob o comando de Abel Braga de 39,5%, o Fluminense corre o risco de flertar perigosamente com a zona de rebaixamento na parte final do Campeonato Brasileiro.

Ano passado, o Flamengo, por exemplo, que escapou da degola apenas na última rodada, terminou a competição com os mesmos 39% de rendimento, apenas dois pontos a frente dos quatro últimos.

Já em 2009, o Coritiba foi rebaixado no ano em que comemorava o centenário. Os mesmos 39% que o Fluminense possui atualmente com Abel Braga não foram suficientes para salvar o Coxa.

Três anos atrás, o Fluminense escapou do rebaixamento com o técnico Renê Simões e o tal dos 39% de aproveitamento. Na época, terminou o Brasileiro apenas um ponto à frente da zona perigosa.

Rendimento dos últimos técnicos do Flu
PC Gusmão (2007) 3v, 6e, 8d, 29% de aproveitamento
Joel Santana (2007)5v, 1e, 4d, 53,3% de aproveitamento
Renato Gaúcho (2007/08) 42v, 26e, 24d, 55% de aproveitamento
Renê Simões (2008/09) 11v, 5e, 5d, 60,3% de aproveitamento
Carlos A. Parreira (2009) 8v, 9e, 7d, 45,8% de aproveitamento
Renato Gaúcho (2009) 1v, 5e, 6d, 22,2% de aproveitamento
Cuca (2009/10) 28v, 12e, 6d, 69,6% de aproveitamento
Muricy Ramalho (2010/11) 28v, 15e, 11d, 61,1% de aproveitamento
Enderson Moreira (2011) 7v, 2e, 3d, 63,9% de aproveitamento
Abel Braga (2011) 6v, 1e, 9d, 39,6% de aproveitamento



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